As paisagens

Setúbal, cujo santo padroeiro é o apóstolo das índias (o frade jesuíta S. Francisco Xavier), possui uma localização geográfica assaz privilegiada. Situada sobre o estuário do Rio Sado, tem em frente a península de Troia e ao lado a magnífica Serra da Arrábida (que estão ambas integradas numa área de reserva natural protegida). Está geminada com dezasseis cidades de vários países, onde se destacam, Leiria, em Portugal, três cidades Francesas, quatro cidades Moçambicanas, e uma cidade de cada um dos seguintes países: Alemanha, Safi em Marrocos (antiga possessão portuguesa), Roménia, Hungria, Porto Seguro no Brasil, Tordesilhas em Espanha e Tarrafal em Cabo Verde, o que por si só dá uma noção da grande preocupação dos seus autarcas e da sua população para cultivarem uma saudável visão de abertura ao Mundo, tal como o seu padroeiro o fez, na época áurea dos Descobrimentos, ao calcorrear muitos países do extremo oriente e contactar com as suas gentes.

Sendo inicialmente uma vila piscatória, atraiu, ao longo da primeira metade do sec XX, muitas gentes vindas essencialmente do Alentejo, ao passo que a partir do último quartel desse mesmo século e durante os primeiros anos do seculo seguinte, recebeu muitos migrantes, sobretudo do Brasil e dos PALOPs, bem como de países do leste europeu, muitos dos quais aqui se vieram a radicar definitivamente.

Ainda hoje se podem contemplar muitas torres de tijolo vermelho espalhadas pela cidade que correspondem à existência de outras tantas fábricas da indústria conserveira de peixe, infelizmente todas desaparecidas durante a segunda metade da década de 70 do século XX, após ter terminado a guerra colonial em África.

Possui um interessante centro histórico que tem estado a ser finalmente reabilitado durante os últimos 15 anos, onde se destacam diversos edifícios públicos que propiciam o ressurgir de uma vida cultural própria que poderá certamente constituir um importante e decisivo contributo para atrair mais visitantes e turistas, para além de beneficiar logicamente os seus munícipes. Neste capítulo, não é demais realçar o Mercado, talvez o mais bem apetrechado e bonito do país, que é literalmente invadido diariamente por muitos clientes autóctones, forasteiros e turistas, não só para apreciarem a enorme variedade dos seus produtos, mas também para contemplar o ambiente e os magníficos painéis de azulejos.

Contudo, é sem dúvida, as paisagens que se podem observar de alguns pontos de visita obrigatória, como sejam o Forte de S. Filipe, os últimos pisos de alguns edifícios (alguns deles convertidos em restaurantes ou unidades hoteleiras) e, sobretudo, da Serra da Arrábida, que se podem contemplar paisagens capazes de deixarem os visitantes verdadeiramente estonteados com a sua enorme beleza, em especial nos dias libertos de qualquer neblina que impeça a observação dos seus larguíssimos horizontes, onde também encontramos magníficas praias. É digno de realce ainda a possibilidade de assistirmos ao pôr ou ao nascer do sol, momentos que nos proporcionam sensações completamente inebriantes e inesquecíveis.

A sua magnífica baía, foi considerada em 2002, das mais bonitas do mundo (existindo disso vários marcos comemorativos dispersos pela cidade), e a praia de Galapinhos, em 2017, a mais bela da Europa. Possui ainda diversos espaços verdes e parques que têm também vindo a ser reabilitados e, mesmo, criados de novo, incluindo junto à orla fluvial, onde se podem apreciar pequenas praias que fazem inveja a muitas metrópoles muito mais famosas por todo esse mundo fora. O porto piscatório e o Moinho da Mourisca são outros locais cuja visita se recomenda vivamente, sendo capazes de despertar a curiosidade de saborearmos depois as mais genuínas iguarias num dos muitos restaurantes de peixe assado ou de marisco, nos quais a frescura dos produtos nos transporta para sensações gustativas únicas, que podemos celebrar acompanhados com um báquico néctar regional a condizer.

    “Lembra-te de que a felicidade é uma forma de viagem, mas não apenas o seu destino”

    (Roy Goodman, escritor Sul-Africano, sec. XX-XXI)

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